As palavras fiquem aquém quando se trata de expressar o que sinto pela minha filha, pela dona do meu sorriso, pela Laura. Não há vocabulário que condense tudo o que ela me inspira, a própria palavra Amor parece tão insuficiente...
Foram nove meses de pura felicidade e descoberta. Tem sido uma aventura fascinante acompanhar o crescimento da Laura. Mais do que nunca sinto que o tempo galopa e arrasca-nos consigo numa onda que nos engole vivos. Pudera eu desacelará-lo... A Laura trouxe-me a real noção da passagem do tempo. É ela que se encarrega de lembrar que todos os segundos são preciosos e insuficientes. Sinto isso mais que nunca.
Neste momento ela dorme no seu quarto. A casa está em sossego, mas a presença dela está em todo o lado. Sejam fotos, brinquedos ou outros objectos, a minha Laura já escreveu a sua pequena história neste espaço, a sua presença já é incontornável, mesmo no silêncio, mesmo na calma da noite... Se faz isso à casa, imagine-se o que não fará àqueles que a amam mais que a si mesmos.
E voltamos ao início... Não há palavras, mas há uma vontade férrea de gritar bem alto que o meu sorriso tem e sempre terá o seu nome, que a minha vida nunca mais será a mesma porque deixou de me pertencer para lhe pertencer, que sempre a tenho na retina e no coração e que tudo farei para que o seu sorriso doce e expressivo nunca esmoreça... Como a amo e como a quero proteger!!!
Parabéns, meu Amor!
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Pois é, bem sei que sou pequenina e que nem sequer ando no jardim infantil, mas não foi por isso que deixei de oferecer uma coisa especial ao meu pai. A minha mãe, criativa como sempre, pôs em prática uma sugestão que fizeram aqui. Vejam o resultado final. O meu Pai adorou. Este foi a primeira de muitas prendinhas que pretendo fazer nos próximos anos. Sei que ele vai guardar tudo com muito carinho, para mais tarde recordar...
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Psiuuuuuuu... estou a teclar baixinho para a mãe não ouvir. Mais uma vez apanhei-a distraída e roubei-he as teclas, mas desta vez é pela melhor das causas. Venho falar-vos do meu PAI.
Dizem que sou muito parecida com ele. A imagem que o espelho nos devolve não deixa dúvidas; o meu nariz e boca têm o mesmo formato. Para além disso, herdei dele algumas expressões que lhe são peculiares como o franzir do sobrolho ou o sorriso "selecto", como lhe chama a minha querida avó.
Sabem que é o meu pai que me dá a sopinha e a papinha? Pois é! Gosto tanto desses momentos! É nessa altura que entram as cantorias e ele, coitado, é uma autêntica cana rachada, mas tão cheio de boas intenções! Não fosse a voz melodiosa da minha querida mãe nos duetos e eu desesperaria.
Outra coisa que adoro é quando ele me leva ao quintal, ao pé do Lord, o nosso rafeiro certificado. É tão engraçado o cão! Estou desejosa de começar a andar para correr atrás dele e puxar-lhe o rabo!
E o banho??? O meu pai gosta de me ver chapinhar e incentiva-me a fazer tropelias. Desde pequenina que tenho o hábito de lhe segurar um dos dedos da mão direita durante a bela da banhoca. Quer dizer, agora já é mesmo a mão inteira que um dedo é pouco. Já tenho oito meses, ora essa! É sempre ele que me tira da banheira e enrola na toalhinha. Gosto tanto!
O meu pai é forte e pega-me de mil e uma maneiras diferentes. Sinto-me segura e protegida nos seus braços e adoro enroscar-me e encostar a minha cabeça ao seu peito. Ainda hoje consegue adormecer-me tão bem!
Banho, comer, fraldas, brincadeira, cantorias... o meu pai toma bem conta destes recados todos, só nunca deu maminha porque não pode! Sinto a falta dele durante o dia e sei que ele adora chegar a casa, depois de um dia de trabalho, e mimar-me.
Sabem o que adoro mesmo muito??? Ao fim de semana, quando acordo, ter o pai e a mãe ali. Durante a semana o pai acorda cedo e só o vejo ao fim do dia, mas ao sábado e ao domingo a mãe levanta-me da minha caminha e coloca-me no meio dos dois. Hummmmmm...tão bom! Que conforto quentinho! Estico os bracitos e toco-lhes na cara ao mesmo tempo como a dizer-lhe Gosto tanto dos dois! Obrigada por estarem aqui! O meu pai, entretanto, já me faz cócegas e eu rio, rio... Está desejoso que eu cresça para depois fazermos os dois cócegas à mãe. Ela tem imensasssssss!
Que mais posso dizer do meu querido pai? Está muito presente na minha vida e quero que continue sempre por perto. Quero que me leve, pela mão, à escola, que me leve ao cinema e teatro, que me ensine a nadar, que me ajude nos estudos, que me aconselhe e acarinhe sempre, como até aqui. Vamos fazer tantas coisas juntos!!!! E vai ser tão bom!!!!!!
Adoro-te, PAI querido da Laura!
Ora bem... o que posso dizer relativamente à mudança recente da Laura para o seu quartinho? Tem corrido muito bem!!!! Não estranhou nada e tem, inclusive, acordado menos vezes. O ritual não sofreu grandes alterações. A saber:
. entre as 21 e as 21.30, banhinho. O banho sempre lhe foi dado no quarto, pelo que o espaço já lhe era bastante familiar;
. entre as 21.30 e as 22 horas, biberon, 200 ml de leitinho que ela adora. Costumo dar-lho na sala, com luz ambiente e televisão ligada, mas com som baixinho. É aí, na sala, que acaba por adormecer, ao meu colo;
. levo-a para o quarto onde a deito sem acender a luz;
. o intercomunicador é ligado;
. o quarto fica completamente às escuras. A escuridão total nunca fez confusão à Laura, foi habituada a ela desde sempre;
. de vez em quando acorda, mas basta ir até ela, tocar-lhe no rosto ou ajeitar-lhe a chucha para sossegar;
. acorda para beber leitinho uma vez, durante a noite. Acontece entre as 5 e as 6 da manhã. Antes de me deitar faço um biberon de leite que meto num termo. Levo o termo e o biberon para o meu quarto. Quando chega a hora, está tudo preparado e torna-se rápido e cómodo para mim;
. ela bebe o leite e adormece rapidamente;
. por volta das 7.30 (religiosamente!) acorda e levo-a para a minha cama. Já quando dormia no nosso quarto acontecia isso. A recta final da noite é ao pé da mãe, quentinha e aninhada. A essa hora o pai já se levantou;
. acorda por volta das 9.30, super bem disposta. Fico com ela, às escuras, durante um bocadinho. Depois acendo a luz e ficamos outro bocadinho. Só depois me levanto e abro a janela.
Mais uma etapa, mais uma adaptação. O quarto ficou enorme e vazio. De noite, às escuras, ainda parece que circulo em volta do local onde estava a caminha dela. Enfim... Nas duas primeiras noites dormi mal, sempre alerta, sempre à espera de a ouvir, habituada a todos os pequenos barulhos, desde o respirar ao agitar dos lençóis. Resisti à tentação de a ir espreitar; pensei que isso poderia acordá-la e estaria a abrir um precedente. Agora já não me custa tanto. Felizmente correu tudo pelo melhor. A Laura, aos oito meses e qualquer coisa, começou a conquista do seu próprio espaço. Muito cedo? Demasiado tarde? Cada cabeça sua sentença, é mais que sabido, mas parece-me que apostei na altura certa. Vamos ver...
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Mais um... Não resisti ao convite que a querida Ana me endereçou. A escrita criativa sempre me encantou e é algo de que gosto particularmente. Assim, surge este novo espaço, Uma história inesperada - Um blog que é um caderno. Três autores. Uma história escrita ao sabor da inspiração de cada um. Muitas surpresas.
A ideia é escrever a seis mãos, as nossas e as do Marco. A ideia original é da Ana e o conceito é simples e surge descrito no próprio blog: A única regra entre os autores é que nenhum pode escrever dois post seguidos. Tem de haver sempre outro a acrescentar algo novo à narrativa, antes de um de nós lhe dar continuidade. A história é inesperada para todos :)
Estão todos convidados a entrar e a participar com as vossas sugestões. Já agora, aproveito a oportunidade para recordar que o meu ler devagar está aqui mesmo ao lado. Espreitem!
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Pois é, hoje é um dia importante cá em casa. A Laura dorme no quartinho dela pela primeira vez!!! Já devia ter sido mais cedo, mas só há umas semanas é que ela deixou de mamar em definitivo. Até então, era mais confortável/prático para mim tê-la ali, mesmo ao meu lado. Estou curiosa para ver como vai ser, mais curiosa que apreensiva. Quando a coloquei lá, há pouco, já dormia, nem se apercebeu que o espaço é diferente. O momento crucial será quando abrir a pestana para beber o biberon, lá para as 5/6 da manhã. Está tudo preparado. O intercomunicador funciona muito bem. Qualquer roçar de lençois se ouve na perfeição. O quarto dela está mesmo em frente ao nosso. Vamos ver...
De repente, o nosso quarto parece enorme e vazio! Foram muitos meses com a caminha dela ali, com ela ali... Mais uma etapa no crescimento da Laura, mais um vínculo que é cortado... A minha menina cresce a olhos vistos!!!
Darei notícias a respeito da adaptação dela a esta nova rotina...e da minha!
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A Íris é uma bebé de 18 meses, a quem foi diagnosticada paralisia cerebral e microcefalia.
A Mãe e família da Íris querem leva-la a Cuba.
Caso não possam ir, mas queiram ajudar:
Banco: Millennium BCP - Sucursal de Alcochete
Telefone - 211 139 630 Ext . 8505100
Nome Conta: S.O.S. Iris
NIB: 0033 0000 453 511 266 37 05
Pois é... 8 meses! Deixa cá fazer o inventário:
- tem dois dentinhos descaradamente visíveis e a crescerem a bom ritmo, em baixo;
- já se senta completamente só, sem necessitar de encosto ou ajuda;
- não parece ter ainda grande força nas pernitas e aguenta-se pouco tempo de pé;
- não gosta de estar de barriga para baixo, vira-se em sinal de protesto;
- já tem o seu Lauramobil (vulgo aranha) na garagem, ao lado do popó da mamã;
- adora mexer em tudo o que está perto. Gosta, particularmente, de tecidos e padrões;
- revela uma grande destreza de mãos. Consegue, sem grande dificuldade, manusear qualquer objecto de dimensões compatíveis com as suas mãozitas;
- continua a adorar os dedos das mãos e dos pés, que põe na boca na primeira ocasião;
- continua a não ser grande fã de chucha;
- está a comer cada vez melhor;
- continua a dormir muito pouco durante o dia, nunca mais de hora e meia repartido por três vezes;
- chega a dormir 11 a 12 horas por noite, com uma pausa durante a madrugada para beber leitinho. Não adormece sozinha, tem de ser embalada, ao colo;
- já não quer maminha desde que teve febre. Assim, o desmame foi feito de forma tranquila e muito natural. Durante a madrugada bebe um biberon de leite e fica composta;
- produz resmas e paletes de sons, mas nada que remotamente se pareça com o que quer que seja. A Laura adora falar estrangeiro. Mamã, papá e outras que tais não é com ela;
- o cabelo está a crescer (finalmente!);
- adora ver-se ao espelho, principalmente quando a coloco em frente a ele e a afasto, escondendo-a do dito. Este jogo do aproxima, afasta, mostra, esconde, faz as suas delícias;
- gosta de mexer na cara das pessoas. É meiguinha, mas às vezes puxa cabelos com alguma violência. Como qualquer bebé que se preze, tem uma grande atracção por óculos e brincos;
- fica apreensiva quando caras estranhas se aproximam demasiado. Não é uma criança que sorria muito para estranhos, mas com o convívio acaba por ser muito simpática e risota;
- continua a fazer parar os transeuntes devido ao seu aspecto de bebé Nenuco. É linda, carequinha e com a mais doce das expressões. Para além disso, e apesar de nem sempre sorrir, fixa muito o seu olhar no das pessoas e durante um tempo considerável;
- olha para tudo o que é novo com os olhos abertos de espanto e admiração. Cada vez está mais curiosa relativamente ao que a rodeia;
- o banho é uma festa! Como já se senta bem, está cada vez mais à vontade dentro da banheira. Adora chapinhar e fazer tropelias;
- faz mil e uma boquinhas e sons, como que a mandar beijinhos. Também bate palminhas. A batalha, agora, é que diga adeus;
- adora passear ao ar livre e em espaços fechados. Já não usa o ovo e já tem o seu trono no carro (cadeira maior que dá até aos 18 quilos). Continua a adormecer nas viagens, mas agora também tem muitas alturas em que, de olho arregalado, mira tudo com muita atenção. Curioso como consegue encontrar o meu olhar através do espelho do condutor. Olha-me e sorri-me, como que a dizer... Olha para a frente e está com atenção, mamã, que eu vou aqui muito bem!
Muitas mais coisas poderiam ser inventariadas, mas o que realmente importa é que, aos 8 meses, a Laura é uma bebé saudável, activa, alegre, divertida e muito, muito, muito fofa. É a luz que me ilumina, o calor que me aquece, a água que me refresca... A Laura é tudo! Como a adoro...
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