Cheguei a mais uma etapa importante desta minha ainda curta, mas emocionante caminhada. 18 meses! A mãe diz que estou uma senhora e que me comporto exemplarmente, mas mãe é mãe...
Bem, a ocasião é solene e merece mais um ponto de situação, desta feita da responsabilidade de moi même - já que a mãe é suspeita e tal... Vamos lá!
AS MINHAS AVARIAS (QUE É COMO QUEM DIZ, HABILIDADES E/OU GRAÇOLAS QUE DEIXAM OS MEUS PAPÁS A BABAR MUITO...)
- Já aprendi mais palavras novas, a saber:
. menino/a
, mão
, pão
, cão
. bola
. chuta
. Até amanhã
. tio/a
. Nuno (nome do tio/padrinho)
. aqui
. não ´tá...
- Adoro meter sacos, malas, ou o que encontrar que se adeqúe, a tiracolo ou no braço, dizer adeus e virar costas. Basicamente dou ali uma voltinha e regresso, mas gosto de me despedir, que a minha mamã ensinou-me a ser uma menina educada. Ultimamente também vou ao pé das pessoas para dar beijinhos, isto é, eu dou a cara e elas dão os beijinhos. Também faço isso com objectos. Pego neles, dou adeus e vou à vidinha...
- As cuecas da mamã - entenda-se tangas que as outras não servem - ... Vocês sabem que dão excelentes colares?! Não?! Eu conto-vos tudo. A mãe armazena a roupa para passar a ferro lá num cantinho da salinha de apoio à cozinha, dentro do cesto da roupa e eu adoro ir à bisbilhotar. Descobri que é muito fashion enfiar as tangas dela pelo pescoço... agasalham e dão belíssimos colares! E quando faço isso com duas ou três ao mesmo tempo?! A mamã parece não achar muita piada, principalmente quando as tiro da máquina de lavar ainda por lavar e as uso assim mesmo, mas a verdade é que ela não entende nada de moda!! No outro dia descobri os soutien´s, mas esses dão é belíssimos chapéus!
- Consigo reproduzir, na perfeição, o falar de alguns animais como sejam o cão, o gato, a ovelha, o galo e o boi/vaca. Querem ouvir?! Ão, ão, ão, ão, miau, miau, miau, miau, méee, méee, méee, co-coro-cocóoo, muuuuuuu, muuuuuuu...
- Reconheço muitos objectos que associo a palavras que ainda não sei dizer, mas que conheço de ouvido. Nunca falho quando a mãe e o pai me perguntam onde está isto ou aquilo nos livrinhos que tenho ou, noutras circunstâncias, nos sítios onde estamos...
- Adoro livrinhos! Delicio-me a ouvir os adultos quando descrevem as imagens... ADORO! Aponto e peço para falarem deles e fixo muito facilmente o nome daquelas coisas todas...
- Já consigo comer sozinha sem fazer muito estradalhaço - só faço um bocadinho... Às vezes a mão esquerda dá uma ajudinha, mas praticamente a comida chega a bom porto só com a direita a trabalhar...
- Adoro mexer em sapatos e na roupa que apanho aqui e ali...
- Não páro quieta! A minha mãe passa-se com a desarrumação constante, mas fica feliz por eu ser uma menina tão activa...
- Apesar de tudo, pode-se dizer que sou calma... Só quando não me sinto bem é que fico um pouco mais maricas - como diz a mamã - e fico mais melga e piegas, só a pedir colinho e miminho, mas se estou bem entretenho-me sozinha nas brincadeiras e não chateio nada!
Ai que sou mesmo filha da minha mãe!! Quando começo a escrever, xiiiiiiiiiiiiiiiii...!!!
Resumindo e concluindo, sou uma menina muito feliz e saudável, com imensa desenvoltura física, intelectual e social e que adora cada dia da sua vida. Digam-me lá vocês que são crescidos e - supostamente - sabem mais que eu destas coisas... Vai ser sempre assim?! Vai?! Eu queroooooooooooooooooooo!
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A minha filha está a começar nas trocas e baldrocas que fazem as minhas delícias quando contadas por outras mães, noutros blogs, a propósito das coisas que eles/elas dizem... Vamos à primeiríssima!!!
Bola. Corredor livre de tapetes. Mãe com tempo e disposição para a paródia. Vamos chutar! No entusiasmo da coisa, a mãe começa a dizer repetidamente:
- Chuta, chuta, chuta, chuta...
A filha repete, de forma tão perfeita quanto inesperada:
- Chuta, chuta, chuta...
Chuta para aqui, chuta para ali. A mãe cansa-se e abandona a brincadeira. A filha continua atrás da bola a gritar:
- Chuta, chuta, chuta...
Passa-se um bocado. A mãe está a fazer não sei o quê, a filha aproxima-se, traz a bola nas mãos e diz:
- Puta, puta, puta...
(Ups.....)
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Que neste Natal sintas o quentinho dos abraços, a doçura dos sorrisos e conforto das palavras. Há lá presentes melhores que estes...?!
Beijos e Mil Sorrisos
Sandra e Laura
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... cá de casa, como prometido, devidamente legendadas. Espero que gostem...
Perspectiva geral da árvore de Natal... A Laura continua a respeitá-la imenso e se lhe perguntam onde está a árvore, aponta para lá toda orgulhosa. Quando lhe toca é ao de leve, parece que sabe que pode estragar...
Pormenor do nosso presépio. Como já tive oportunidade de escrever, o ritual de beijar todos os dias o menino Jesus, o Pai José e a Mãe Maria mantém-se. A Laura gosta muito destas imagens e pede muitas vezes o Jesú. Não deixa de ser curioso que ela mostre algum constrangimento com o presépio que a minha mãe lá tem e se recuse, por exemplo, a fazer festinhas e a beijar o outro Jesus... É daquelas coisas...
Pormenor dos efeites da árvore. os tais bonequinhos de madeira. A Laura gosta de observá-los, mas raramente lhes toca...
Outra perspectiva da árvore...
A lareira... Lá está o presépio, as meias - não podiam ficar penduradas porque ela as puxava -, e mais dois bonequinhos alusivos...
( A Laura está doentita. Constipação com otite à mistura. Vamos ver se se compõe até ao Natal... Dói-me tudo ao vê-la assim...Raistapartisse! Ai se eu pudesse...)
... para informar que este blog segue dentro de dias. Por agora, muito trabalho e sem tempo para nada de nada. A Laura já reclama...)
O LOCAL
Pronto, lá nos resolvemos a preparar a dita cuja no sábado de manhã, enquanto a Laura dormia. Uma questão se colocava: manter a árvore no sítio de sempre - na sala, entre a televisão e a lareira -, ou recambiá-la para o corredor, onde não estaria tão à vista? O medo era que a Laura quisesse interagir muito com a dita cuja, não sei se me estão a entender... O ano passado, com seis mesitos, o Natal passou um pouco ao lado, mas este ano a cachopa está com os sentidos todos na máxima potência e poderia achar uma piada imensa à arvore, a ponto de - sei lá eu! - a destruir...! Ponderada a questão, optámos por fazer como sempre... e fosse o que a Laura quisesse!
O TEMA DA DECORAÇÃO
Há uns anos atrás comprei uns efeites muito giros - bonequinhos de madeira pequeninos, muito coloridos e diversificados. Na altura pensei que seriam ideais para uma árvore de Natal numa casa com crianças, mas como ainda não as havia, acabei por nunca os utilizar. No ano passado pensei que seriam perfeitos para este ano. Efectivamente, a Laura, no alto dos seus quase 18 meses, adora estas coisinhas todas e nada, mas nada lhe escapa - daí o medo já manifestado neste post!!!!
E pronto... Se depressa o pensei, mais depressa o fiz! Aproveitando a sesta, engalanámos a árvore com os ditos bonequinhos e correntes de bolinhas, umas vermelhas e outras verdes, vermelhas e prateadas. Ficou um miminho! Não faltaram as luzes vermelhas e outros adereços na sala como sejam as meias na chaminé, umas correntes de bolinhas nos cortinados, uns Pais Natal de madeira nos varões dos ditos cujos, o presépio oferecido pela Tia Nini e outros pormenores aqui e ali.
A REACÇÃO!
Por mil anos que viva não me perdoo! Felizmente cá em casa não falta nada - temos câmara de filmar e máquina fofográfica -, falta é uma mãe com cabeça para se lembrar destes pormenores tão importantes. Pois... uma e outra sem bateria!!!! Raistapartisse! Na véspera tinha feito um filmito da Laura a desenhar e, estupidamente, acabei com a bateria e não coloquei a máquina logo a carregar. A fotográfica estava também sem carga, depois do fim de semana na serra. Claro que me refiro à reacção da Laura quando entrou na sala e se deparou com aquele monstro verde no sítio onde, normalmente, estão os seus brinquedos. Foi comovente! Primeiro a boquinha aberta de espanto. Depois o dedinho esticado e o característico Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Depois o bater palminhas, a sorrir e a rir ao mesmo tempo. Depois o andar em redor, sem tocar, apenas a ver... Foi especial. Merecia ser filmado! Buaaaaaaaa!!!!! Batam-me!! A Laura teve a mais doce das reacções, mesmo ao jeitinho dela. Muita calma, muito tempo para apreciar cada pormenor, sem mexer, sem tocar...
Temos um presépio muito especial, só com três imagens, que nos foi oferecido por uma tia há uns anos - o menino Jesus deitado nas palhinhas, José e Maria de joelhos, em oração e contemplação. Fica sempre ao lado da árvore, em cima da lareira. Fizemos as apresentações e dissemos à Laura quem eram. Ela ouviu tudo com muita atenção e quando lhe pedimos para dar beijinhos e fazer festinhas, ela fez tudo isso com um ar muito solene e compenetrado. E assim demos início a uma tradição... Todos os dias, até ao dia de Reis, a Laura vai tocar, beijar e fazer festinhas às imagens do presépio...
COMO TEM SIDO...
Claro que uma das meias que estava pendurada na lareira, presa por um objecto qualquer, depressa estava no chão, mas isso era querer demais!! As meias passaram para cima, fora do alcance da princesa. A árvore cá está, tudo no sítio, nada a assinalar. A Laura interiorizou a presença daquele monstro verde na nossa sala e acredito que, mais tarde, sentirá a sua falta. De vez em quando pára de fazer o que está a fazer e olha... sorri... toca ao de leve, a medo, com respeito... Está a ser uma delícia! E o melhor ainda está para vir!!!
E OS PRESENTES...?!
Pois, mas como apesar da postura a Laura não passa de um pingente de apenas 18 meses, já me deu conta d´uns presentes que tenho ali no quarto de hóspedes. Caramba, como tem a mão pesada! Acho que tenho de refazer uns embrulhos... E pronto! Está decidido que presentes na árvore, só na hora e mesmo assim...
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Em breve, fotos da árvore e pormenores de decoração Natalícia...
... para além do que já dizia, diz...
- não (alto e bom som, não se dê o caso de não a ouvirmos...)
- batata
- banana
- Laula (ela própria...)
- já tá...
- não tá.... (encolhendo os ombros ao mesmo tempo...)
- tá... (ao telefone, que põe muito bem no sítio certo e na posição correcta...)
- aqui (quando se lhe pergunta onde está determinado objecto num livrinho, aponta e diz aqui)
- popó
- cocó
... faz muito bem...
- sim e não com a cabeça
- anda, dança, senta, levanta, gatinha, trepa, corre, salta, rodopia até ficar tonta...
- fala ao telefone
- pega em vários objectos ao mesmo tempo, que adora transportar com ela pela casa fora
- dá cinco, dá bacalhau, acena adeus e diz olá
- reconhece, apontando, o pai, a mãe, ela própria, os avós paternos e maternos, a bisavó e a prima Mariana, quer em fotos, quer presencialmente (se lhe perguntamos onde está fulano, ela aponta...)
- pedir o que quer, à sua maneira, mas fazendo-se entender muito bem
- fazer recados - levar e trazer objectos
- folhear livrinhos de capa dura
- ouvir atentamente as histórias e o que se lhe diz
- diz quando tem cocó
- come, come, come e volta a comer
- dorme lindamente
- reconhece várias partes do corpo
...
... continua a detestar...
- o aspirador nasal
- os serviços de manicure e pedicure
- objectos estranhos em sítios recônditos (supositórios, tremómetro, babygel...)
- que a forcem a comer quando não está para aí virada - o que é raro, diga-se...
- dependendo do sono que tenha, que a vistam, dispam, mudem a fralda...
- que a avó ou o avô maternos venham cá a casa e não a levem com eles (vivem mesmo aqui ao lado, porta com porta)
...
... a mãe...
- continua cada vez mais babada
- sente-se cada vez mais dependente da felicidade e bem estar da Laura para se sentir bem
- tem nos momentos com ela, a duas, na cama, a dormir ou acordadas, os mais felizes e apetitosos
- fica apatetada de tanto orgulho com as graçolas da sua menina
-sente, cada vez mais, o peso da responsabiliadde, mas também a doçura de cada momento
...
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Caramba, é preciso azar!!!! A nossa ida à Serra tinha de coincidir com o frio, a chuva, a neve... tudo, tudo, tudo, é que não faltou mesmo nada!!!! Estou aqui que nem posso só de imaginar o friooooo por que passámos nestes dias. Mas vamos aos pormenores...
Os avós paternos da Laura vivem lá para os lados da Serra da Estrela, não sei se estão a ver, a mais de 700 metros de altura e tal... coisa pouca!!! Como este fim de semana era maior pensámos aproveitá-lo para mais um visita, já que o contacto da Laura com esse lado da família é, devido às distâncias, muito diminuto.
Lá nos metemos a caminho, no sábado, bem cedinho. Saímos de casa lá para as 8.30, sabendo que ia estar um fim de semana frio e que até se falava em neve, mas certos de que não seria assim tão mau...
Começámos a ver que a coisa não estava para brincadeiras quando nos apercebemos que a Serra da Gardunha já estava coberta de neve, situação inédita em tantos anos a fazer aquele percurso pela A24, desde Torres Novas até ao Tortosendo... Mais ao longe, a Serra da Estrela também se vestia de branco, a invejosa...
Depois, já em plena serra, um telefonema alarmante... A minha cunhada avisava que os acessos à localidade estavam difíceis e que não sabia mesmo se o trânsito estaria interrompido na estrada por onde íamos. Ok... calma, não se passa nada! Por enquanto havia neve sim, mas a estrada estava em condições. Tinha de ser devagar, devagarinho por causa do gelo, mas como ninguém ia com pressa...
De repente, começou a nevar copiosamente e a adensar-se o nevoeiro. Raistapartisse... que azar! Estávamos a chegar à zona complicada, de maior altitude, e o que se temia verificou-se. Muita neve, a estrada coberta pelo manto branco e apenas os trilhos deixados pelos carros deixavam adivinhar o percurso desejado. Para piorar a situação, à nossa frente seguia uma serapota - vulgo, naba!! -, com pneus carecas e sem conseguir dominar a direcção da sua viatura. O Zé lá teve de sair do nosso carro e prestar assistência à senhora, ou seja, empurrar cada vez que ela metia os pneus pela neve adentro, saindo dos trilhos deixados pelos carros. Eu seguia atrás, com a Laura acusando a ausência do pai de uma forma, digamos, estridente - incrível como eles percebem quando estamos nervosos e perante uma situação de stresse! Tenho de dizer que eu sou a condutora oficial da família, para o bem ou para o mal.
Claro que a senhora, entretanto, desistiu e pediu que alertássemos os bombeiros, o que fiz imediatamente ligando para a minha cunhada. Eu consegui ultrapassá-la e lá seguimos a medo, muito devagarinho, com muitas marcha-atrás para recuperar o trilho entretanto perdido... Meu Deus, tive medo, muito medo, não por mim, mas pela Laura que, nesta altura, já chorava compulsivamente. O Zé fez a maior parte do percurso fora do carro, ora empurrando, ora correndo atrás da viatura, uma vez que chegámos à conclusão que o peso dele tornava tudo mais complicado... Coitado!
Mas pronto... Lá chegámos!!!!!! Depois... Bem, depois foram dois dias de frio, neve e chuva como nunca vi - e já sou freguesa da Serra há muitos Invernos! Sabem quando estamos bem apenas na cama? Tal e qual. Claro que eu sou uma arreganhada do caraças - como é uso dizer lá na terra -,mas esteve mesmo mau. Nem a braseira de brasas à moda antiga me consolou. A Laura lá andou sempre bem disposta a conviver com os avós, os tios e a prima Maria, mas sempre de mãozinhas geladas (não suporta luvas por muito tempo) e nariz vermelho. Tinha de sair à mãe nesta coisa do frio!
Primeiro estranha-se...
... e depois estranha-se...
Foi um fim de semana muito caseiro. As condições climatéricas só nos permitiram ir beber o café até ao grupo desportivo da terra - que fica ali porta com porta - e descer até à casa da tia - que fica dentro do mesmo quintal. Foi neste contexto que a Laura comemorou os 17 mesitos - estou a dever um post, eu sei!
Ontem, felizmente, as estradas estavam limpinhas - andavam os limpa-neves para cima e para baixo num corropio que só visto. A viagem correu muito bem. Saímos de lá com 1 grau, para chegarmos a casa com 10. Enfim... Por lá a neve vai durar, ai vai!!
Junto algumas fotos. Independentemente da minha aversão pessoal ao frio, a paisagem é mágica e transfigura-se completamente. E o silêncio?? Meu Deus, o silêncio... Estou certa que a Laura, mais tarde, vai apreciar a neve e as brincadeiras. Desta vez a mãe protegeu-a - o frio era mais que muito -, mas em breve é vê-la a correr e a saltar naquele manto branco...
:o)))))))
É ou não um postal?! Não fosse o raio do frio...
Paisagem vista da casa dos meus sogros...