Considero que este é o meu segundo dia da mãe. O ano passado, por esta altura, a Laura já existia, ainda que protegida e aconchegada dentro de mim. Lembro-me que foi um dia especial, quer pelas expectativas que tinha relativamente ao que seria ser mãe a sério - quando a tivesse nos meus braços -, quer pelo sentido de responsabilidade que já sentia.
Hoje posso dizer que ser mãe foi o despertar para a vida tal como ela deve ser encarada, com optimismo, alegria e muita vontade de viver. Quantas vezes o nosso dia a dia é ensombrado por contratempos, por situações que nos testam a resistência e a tenacidade, por tristezas que se acumulam na nossa alma, mirrando-a... Ter um filho faz com que tudo o resto pareça secundário. Aprendi a relativizar mais as coisas e apercebi-me que, se a Laura está bem, nada está mal . Nada me apoquenta como antigamente, porque ela é tudo aquilo que eu preciso que esteja bem. Quanto ao resto, tudo se vai resolvendo... O sorriso da Laura, todas as manhãs, é uma injecção de ânimo sem a qual já não vivo. Sou, claramente, Laurodependente. Ela é tão importante como o ar que respiro e tão fundamental para a minha existência quanto ele.
Hoje, vou apertá-la como todos os dias aperto, olhá-la com a paixão e devoção com que olho desde o primeiro segundo, beijá-la com o mesmo carinho, sussurar-lhe que a amo e que ela é tudo, mas vou dizer-lhe, ao ouvido, uma coisa nova:
- Obrigada!
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Um beijinho muito especial para a minha Mãe, modelo de devoção, carinho e amor que me tem acompanhado toda a vida e que agora se transformou na melhor avó do mundo.
Mil beijos só para ti
:o))))))))))))