A propósito deste post, lembrei-me que se impunha aqui uma actualiazação relativamente a esta situação.
Noutros tempos, partilhar-me com os outros meninos da sala, quando a ia buscar, era praticamente impossível. A Laura, muito obstinadamente, sempre me quis só para ela naquela hora do reencontro. A minha mãe para aqui, encontrão para ali, qual folhetim de faca e alguidar, nunca permitiu aproximações! Era sempre aquela cena!
A actualização é dura e cruel... Pois que a menina, neste momento, não só me ignora quando me vê a chegar - enquanto os outros gritam histéricos, a mãe da Laura! -, como não quer vir comigo. É verdade... Quando passo na janela que cobre toda a parede, nem sai do local onde se encontra, quando dantes corria e levava tudo e todos à frente. Os outros chegam-se à janela, dizem-me adeus e ela, nada, impávida e serena. Quando chego à porta, é a custo que vem até mim. Tenho de insistir muito e fazer de conta que me vou embora - com direito a dizer adeus, a fechar a porta e a estar um bocado cá fora à espera de reacções. Depois lá vem, pouco convencida... Acontece-me isto praticamente todos os dias.
E estou assim... Se dantes achava um exagero aquele sentimento de posse que tinha relativamente a mim e que a fazia ser cruel com os outros meninos, agora sinto-me triste pela recepção nada calorosa que me anda a fazer... É certo que depois aquilo passa. Logo me dá a mão e aceita de bom grado o meu colinho em direcção ao carro. As nossas conversas de regresso a casa são até cada vez mais interessantes... Tirando esta situação, não sinto nenhum tipo de aversão dela relativamente a mim, em nenhuma circunstância.
E a pergunta impõe-se... Porquê? Digam-me de vossa justiça, mas por favor, evitem dizer que é apenas uma fase...
:o)))