A Laura é uma menina que se tem revelado muito sensível - se alguém tem dói-dói dá beijinhos e faz festinhas, se alguém chora ou está triste dá miminhos, enfim, não gosta de ver as pessoas que a rodeiam fragilizadas.
Há situações em que essa sensibilidade se revela de uma forma mais vincada. No outro dia vimos um filme do Pinóquio no CineMagic e foi vê-la triste com a tristeza do velho Gepeto quando perdeu o seu menino de madeira, a choramingar com a aflição vivida dentro da baleia, felicíssima com o reencontro dos dois... De facto, ela vive intensamente determinadas coisas que vai vendo aqui e ali.
Tudo ganha uma nova dimensão com a aversão à música do Marco. Lembram-se da série do menino italiano que vai em busca da mãe que emigrara para a Argentina? Fazia as minhas delicias, mas entristecia-me muito. Havia episódios em que até chorava, mas era bastante mais velha que a Laura, o meu entendimento do que via era diferente. O que acontece é que a Laura chora compulsivamente quando ouve a música, a partir da parte final em que se diz que a mãe vai partir. Comprámos um DVD e tudo começou aí. Como adoro cantarolar, o Marco saía de vez em quando, mas presentemente é uma música proibida. Ela diz que não gosta. Agora digam-me - sentirá ela a tristeza do Marco por ficar sem mãe ou será que transfere essa situação para mim, imaginando que me vou embora? Seja como for, fica fora de si, em pânico... Parece-me que tenho uma menina extra-sensível entre mãos...
:o))
( a ordem dos itens é arbitraria e não tem subjacente níveis de preferência)
... tudo aquilo em que aparece o Panda Urso - Panda Culinária, Panda Atellier, Panda e Companhia, Panda Gym e outras que tais...
... Panda vai à escola - DVD...
... o Parabéns a Você no Panda...
... Vila Moleza...
... Os Irmãos Koala...
... Boom and reds...
... Ruca...
... Noddy...
... A ilha das Cores...
... Rosa cor-de-rosa...
...
A Laura começa agora a parar para ver. Estica-se no sofá e por lá fica, na ronha, entretida com a bonecada. No entanto, tem uma particularidade - ela impressiona-se com aquilo que vê e vai narrando:
- O menino caiu! (e faz cara de quem está quase a chorar);
- Olha, voou! (e faz cara de espanto)
- Ele foi-se embora (e choraminga)
... e por aí fora.
Parece que está a fazer um relato de futebol! Pessoalmente sempre me irritaram esses narradores-de-meia-tijela-a-quem-ninguém-encomendou-o-sermão, mas pronto... ela pode que eu gosto muito de a ouvir...!
:o)))
...e aos 22 dias do mês de Setembro de 2009 - com 2 anos, 2 meses, 3 semanas e 3 dias - a Laura deixou, definitivamente, de usar fraldas no infantário. Desde que regressou, em Setembro, só as usava para dormir a sesta, mas já acordava sequinha. Há dois dias atrás saimos da escolinha empunhando, orgulhosamente, uma embalagem quase cheia de fraldas. Ela insistiu em carregar/arrastar aquele peso sozinha; eu insisti em mostrar o orgulho que tenho na minha menina. Vitória, meu amor, vitória! Mais uma!
:o)))))
Estou na escola a preparar-me para uma tarde non stop de aulas. É só para dizer que sim, tenho lá ido todos os dias. Hoje foi das 10.30 às 11 e qualquer coisa, mas amanhã já será às 16 horas. Há coisas fantásticas, não há?!
:o))
Pois que, ao fim de muitos anos de inércia e preguiça, voltei ao ginásio. Arranjei companhia - sozinha não me puxa! - e já começámos no ginásio local do VIVAFIT. Contrato para um ano! Cinco dias por semana, circuitos de 30 minutos de cada vez, as vezes que quisermos por dia. Horário das 8.30 às 20.30, sem interrupções. Perfeito! Cada uma faz a gestão do seu tempo da melhor maneira. O VIVAFIT também proporciona aulas de Pilatos - um dia destes experimento - e Body Vive. A vontade era tanta que no dia da inscrição já fomos equipadas e tudo! Íamos por meia-hora e ficámos quase hora e meia - inscrição + circuito de 30 m + aula de Body Vive para experimentar. Foi super divertido. Depois da banhoca senti um bem-estar fantástico!
Ah, também pretendo ir à piscina de vez em quando... Tem de ser! Se não somos nós a fazê-lo por nós, ninguém o faz! Acabou o desleixo!
:o))))
A Laura está doentita - tem tido períodos de febre, alguma tosse, o nariz a pingar e as vias respiratórias estão muito obstruídas. Está em casa, com a avó, desde terça-feira. Hoje vamos ao pediatra, mas só hoje. Fui à farmácia ainda na segunda-feira - já não estava a 100% - e sugeriram logo que aguardasse dois dias antes de ir ao médico, que não adianta ir antes, que os sintomas têm de se manifestar para que se possa ajuizar bem o diagnóstico.
Nestas coisas eu não entro muito em pânico, não sei se é suposto pensar logo que é grave e correr para o pediatra, centro-médico ou hospital. O meu coração fica pequenino - ainda mais quando vou trabalhar e a deixo, assim, doentinha -, mas não entro em parafuso. Claro que ainda não houve uma situação grave que me deixasse muito assustada, mas pronto.
Agora temos a malfadada gripe A. Penso nisso, claro que penso nisso, mas a vida continua. Eu acredito que nos vai tocar a todos, ou seja, eventualmente todos a teremos, é apenas uma questão de tempo. Vou aproveitar a ida ao pediatra para me esclarecer sobre isso...
Hoje só trabalho à tarde e tenho a manhã para mimar a minha querida, que está mesmo ali a ver o Panda vai à escola. Está tão linda e crescida e esperta e vivaça e sociável e... Ai!! Um dia destes tem de sair um daqueles post´s de babar da primeira à última letra!
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Mais uma mudança no visual do blog e mais um agradecimento à minha fiel colaboradora nestas coisas. Sandra - para alguns Raquel, a querida gerente do saudoso Clube Mammy - , um beijo do tamanho do teu coração!! É tão bom saber-te aí para estas - e outras - coisas... És, talvez, aquilo que de melhor tirei desta coisa dos blogs - ganhei uma amiga!
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Registe-se que, na noite de 11 para 12 de Setembro, a Laura dormiu sem fralda e acordou sequinha! Que a mãe a acordou às 5 da manhã e arrastou até à sanita para fazer um grandessíssimo e alternadíssimo xixi é um pormenor que não interessa nada!
Registe-se igualmente que na noite seguinte a mãe da Laura se atrasou - eram 6 da manhã quando a quis levar a fazer xixi - e a foi encontrar ensopadita. Pormenor importante é que a roupa da cama estava lavadinha, acabadinha de colocar... (rsrsrsrsrsr)
Registe-se, por fim, que esta coisa do desfralde dá cabo da paciência a um santo! Mas por que razão nós não vimos a este mundo já com estas coisas todas a funcionar a 100%?! É que não há (mesmo!) necessidade!!
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Anotem aí:
- duas horas extraordinárias - pagas, mas que não faziam falta absolutamente nenhuma;
- apenas três turmas, mas 3 disciplinas a cada turma, o que perfaz a assustadora quantia de 8 horas semanais com cada uma delas - nem é mau de todo, menos testes para corrigir, menos alunos na generalidade, o problema é se não consigo criar a empatia necessária a um bom ambiente de trabalho... 3 disciplinas - Língua Portuguesa, Estudo Acompanhado e Oficina de Teatro - ... 8 horas semanais... Ai!
- a grande novidade - Oficina de Teatro. Não tenho formação absolutamente nenhuma na área, apesar de gostar e de achar tudo aquilo que me explicaram muito interessante e até entusiasmante. Medo, muito medoooooo...
- horário estranho e muito preenchido - não fosse estar praticamente em casa e considerá-lo-ia mau...
- animada, apesar de apreensiva com uma ou outra situação. Palpita-me que vai ser interessante explorar novas áreas e aprender coisas novas... Estava mesmo a precisar de um desafio destes!
E pronto... Anotaram tudo?! Agora vou ali pesquisar no Google a ver se aprendo alguma coisa de técnicas/práticas/exercícios/actividades teatrais... Vai ser giro, vai!
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Foi assim que fiquei ontem, quando deixei a Laura na creche, de manhã. Não queria ficar, agarrou-se a mim completamente fora de si, a gritar mamã, mamã e teve de ser literalmente arrancada dos meus braços pela auxiliar. No dia anterior já tinha ficado contrariada e meio chorosa, mas ontem foi demais... Saí de lá de rastos.
A explicação é simples. Esta semana entra mais cedo a nova auxiliar e a Laura não simpatiza com ela - ainda! - e não gosta de ser recebida só por ela, de manhã. A educadora só entra às 10 horas. Eu sei que ela depois fica bem e passa o dia na maior - gosta genuinamente dos amiguinhos, do espaço e das brincadeiras -, mas ainda não criou laços com a nova auxiliar. Ela adorava a que saiu, acho mesmo que se sentia mais ligada a ela que à educadora. Quando a fui buscar ontem, a educadora disse-me que quando ela chega a Laura já está igual a ela própria, como se nada se tivesse passado.
Quando a fui buscar disse-lhe que a mãe ficou muito triste e chorou muito por a ter deixado assim, a chorar, e vi consternação no seu semblante. É que a Laura não suporta a ideia da mãe, do pai ou de alguém de que ela goste estar triste, com dói-dói ou perturbada de alguma forma, só quer dar beijinhos e desfazer o mal que fez - às vezes fazemos um bocadinho de chantagem com isso, admito! A minha esperança é que amanhã se lembre da tristeza que provoca na mãe com esse comportamento e acabe por ficar bem. Vamos ver...
Estou pouco habituada a reacções destas por parte da Laura. Aliás, posso até dizer que nunca tinha acontecido nada de semelhante a ontem... nunca... daí ter-me custado tanto. Durante muito tempo não me consegui concentrar em nada, só pensava nela e ouvia os seus gritos a chamar por mim. Uma dor cá dentro, um aperto... Ñão quero voltar a sentir nada parecido... não quero, Laura!
:o))