... que é como quem diz, FÉRIAS! Primeiro Loriga - Serra da Estrela - com uma escapadinha ao Gerês e, depois, Albufeira. Vamos andar o mesinho todo na "boa vai ela", como a malta gosta. Tentarei ir escrevendo alguma coisinha, se o clube desportivo da santa terrinha continuar a disponibilizar net sem fios para a vizinhança ali ao lado. Divirtam-se que nós tentaremos fazer o mesmo!

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Estão por cá, de visita, uns primos do Brasil. O primo Paulo, a prima Lucila e a priminha Laura - 9 anos de pura energia, genica e muita alegria, ou não fosse brasileira! - trouxeram, da parte da tia Lídia, uma prenda muito especial para a Laura e feita à medida da sua adoração por histórias de encantar. Trata-se de uma uma espécie de boneca artesanal que afinal são... três. Vejam as imagens.

Nem mais nem menos que a história da Capuchinho Vermelho, representada pelas suas três personagens, tudo no mesmo "boneco". Num dos extremos temos a capuchinho, mas se virarmos a sua saia do avesso, temos a avózinha e o lobo mau. É uma ternura! Numa primeira abordagem a Laura ficou meio perplexa, mas agora é vê-la a contar a história ao mesmo tempo que manuseia a boneca... adora! Sem saber, a tia Lídia acertou em cheio! É um presente para a vida...

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Ontem visitaste-nos com a tua mamã, Mi, e deixaste cá em casa o teu sorriso e a tua ternura. Que coisa mais linda e desenvolta estás, no alto dos teus - já! - seis mesinhos! Fisicamente achei-te muito precoce... Já te sentas e aguentas bem direitinha, já viras, rebolas e tornas a rebolar, achei fantástica essa tua mobilidade. Socialmente não nos estranhaste e até foste achando piada às tentativas de interacção que a Laura foi empreendendo. Uma simpática, é o que tu és!

Ficaste encantada com o Nenuco da Laura, aquele que tem a chucha, e gostaste igualmente do crocodilo verde, de madeira, puxado por um cordel. Faz barulho e movimenta-se de uma forma engraçada, não é? Quis que o levasses, mas a Laura não deixou, apesar de praticamente nem brincar com ele... Coisas de gaiata de 3 anos, não ligues nem leves a mal!

Gostei muito de rever a tua mamã Carla e já ficou agendado novo encontro lá para Setembro, depois das férias. Sabes, notei-lhe um brilho nos olhos e uma emoção na voz/palavras a que tu não és alheia...

Para ti, Matilde, desejamos uma vida longa, com muita saúde e feita de sorrisos. Aqui fica uma pequena surpresa - Carlinha, amanhã retiro a foto, como é costume!

(foto removida)

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Sosseguem os corações mais revoltados, o castigo da Laura terminou. As birras têm sido menores e menos aguerridas, acho que a menina vai fazer um esforço por evitá-las de futuro. A sensação que tenho é que estamos a exigir muito dela, esquecemos frequentemente que tem apenas 3 anos e acabamos por valorizar demasiado os momentos menos bons, esquecendo a miúda fantástica que é em todos os sentidos e mais algum... Mas pronto, estamos a aprender!

De qualquer maneira, esta situação levou-me a uma conclusão bastante interessante - brinquedos para quê? A verdade é que eu tive a percepção que a Laura não sentiu verdadeiramente a falta dos brinquedos porque sempre arranjou maneira de estar feliz e contente com outras actividades, fossem elas as cantorias, as cambalhotas, as pinturas, as histórias por ela contadas, a piscina no final do dia ou simplesmente a conversa com o pai e a mãe. Apesar de ter perfeita consciência que estava de castigo, nunca demonstrou que eles lhe faziam falta e só ontem revelou alguma ansiedade quando lhe disse, de manhã, que os brinquedos lhe seriam devolvidos no final do dia.

Cá em casa temos o costume de brincar muito com ela, ainda que a Laura, sozinha, se entretenha muito bem. Nestes dias o que aconteceu foi que nos solicitou ainda mais e com isso a família ganhou momentos perfeitamente hilariantes e inesquecíveis que não me escusei de registar em vídeo. Aqui fica mais um - e com este páro de vos melgar com as cantorias e as histórias, prometo!!

(video removido)

E vivam os dias de Laura que já estão em curso. Esta semana já não vai à escola, fica comigo em casa antes de seguirmos, na sexta-feira, para a terra do pai - Loriga - onde ficaremos umas 3 semanas com uma pequena viagem pelo meio. Depois, Algarve!!

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O castigo ainda se mantém, mas um dia destes a mesa das pinturas e desenhos foi temporariamente cedida, perante a alegria da cachopa... Cada vez pinta melhor e se preocupa mais com os limites.

Quando não há brinquedos, a imaginação voa ainda mais alto e as nossas noites têm sido assim, entre histórias, cantorias e cambalhotas... (apesar de eu ser suspeita, são 5 minutos de pura magia...é assim a minha Laura...)

(video removido) 

Esta menina nem parece a das birras...bahhhhhhhhhhhh! Continua a portar-se bem em termos gerais, mas com as birras matinais do costume, ainda que esteja a ser mais fácil acalmá-la. A ameaça de que só terá os brinquedos aos 18 anos parece estar a ter algum efeito na Sra. Dona Laura. Não havia necessidade!!

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Decidi mudar de visual. Já o tinha em mente há algum tempo, mas uma observação que ouvi um dia destes - "Tem cara de sectora de Português, com os óculos e o cabelo lisinho e certinho" - levou-me ao derrareiro passo.

Quem me conhece sabe que mantenho o mesmo visual durante bastante tempo, ligeiramente mais comprido, mais curto, mas sou daquelas pessoas que conservam o mesmo corte durante anos a fio. Presentemente tinha o penteado que ficou imortalizado pela Victoria Beckham, com as pontas à frente mais compridas e mais curto atrás, estão a ver?

Não ficava mal, mas com o calor aquela franja já chateava. E mudei... Está bastante mais curto, escadeado, com franja mais curta e repas a tombarem sob a testa, enfim, ponta aqui, ponta ali, nada certinho...

E isto tudo serve para vos dar conta da reacção da Laura, cuja preferência por cabelos longos é sobejamento conhecida...

Quando cheguei à escola estavam no recreio, no parque. Assim que me viu parou, abriu a boca e disse "Cortaste o cabelo!". Aproximou-se muito séria e repetiu mais duas vezes "Cortaste o cabelo!". Baixei-me, perguntei se tinha gostado e repetiu ainda outra vez "Cortaste o cabelo!" ao mesmo tempo que começou a mexer nele. Depois... Bem, depois desatou a gargalhar. Que sim, que gostou e explicou logo à educadora que a mãe cortara o cabelo por causa do calor. Claro que a seguir me pediu logo os elásticos e granchos que eu usava em casa... "Agora já não precisas, mamã!"

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A Laura anda impossível... Nota-se mais de manhã. Em 3/4 de hora a moça é capaz de ter três birras sucessivas por coisinhas da treta - primeiro roupa, depois lavagem de cara/dentes, depois o desligar da televisão antes da saída de casa... Não tem a ver com o facto de não querer ir para a escola - nunca fez birra por isso nem sequer disse alguma vez que não queria ir. Isso é que me irrita profundamente e me tira do sério - são birras que têm origem em ninharias!!

Ontem a coisa ficou feita, à noite, durante o banho, e decidimos optar por um castigo em grande. Os brinquedos com que ela costuma brincar diariamente foram-lhe todos confiscados até nova ordem, a ida à praia no próximo sábado está condicionada pelo comportamento nestes dias mais próximos e nada de guloseimas.

Ando de coração partido e pequenino. O estranho - ou não! - é que estas birras acontecem connosco, em casa, continuando a portar-se bem na escola - salvo raras excepções - e noutros contextos. Bem sei que é próprio da idade, blá, blá. blá, mas, sabem, essa lengalenga da praxe não me sossega nem me deixa menos preocupada. O meu maior medo? Estar a criar uma menina mimada e caprichosa que, à minima coisinha, explode... O pai já tem essa percepção há um tempo e eu sempre o contrariei, mas agora começo a considerá-la...

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É uma das paixões mais recentes da princesa do nosso burgo - pintar! Nem sempre o faz de forma correcta - os limites nem sempre são respeitados -, mas gosta genuinamente de o fazer. Começa a sentar-se cada vez com mais frequência na sua mesa de trabalho - um dos presentes de aniversário -, onde chega a estar às meias-horas super entretida. O nosso frigorífico já está mais que decorado com alguns trabalhos recentes da artista, presos com ímans. Aliás, de vez em quando, entretém-se a mudar a  disposição dos desenhos e a alterar a "decoração"do frigorífico...

Uma das características principais da Laura é que, seja a fazer o que for, nunca se cala, está sempre a inventar histórias, a misturar personagens ou, simplesmente, a descrever o que está a fazer. Neste dia, tentei filmá-la sem ela se aperceber, de modo a registar o diálogo hilariante que estava a ter com ela própria, mas a menina topou-me e tive de ir improvisando a conversa. A qualidade não é a melhor - estava no corredor, com pouca luz -, mas vale a pena o visionamento da conversa. Cá fica...

(video removido)

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A semana passada fui buscar cerca de 400! É o preço a pagar - e não foi pouco! - pela minha falta de tempo na deslocação à loja onde mando fazer as revelações. São fotos acumuladas desde o início do ano e prontas para impressão há muito tempo - nisso sou organizada, vou-as guardando em pastas identificadas com o mês num DVD que depois levo à loja.

Desde que a Laura nasceu que eu decidi que as fotografias que tiraria não teriam a sua existência confinada ao PC, nada disso. Desde logo  comecei a fazer a seleccção das fotos a imprimir e a arquivá-las em álbuns organizados por ordem cronológica. Folheá-los é (re)viver tudo de novo, cada etapa, cada descoberta, cada vitória, é a história de uma vida a três repleta de bons momentos... Ocasionalmente faço uma selecção extra para oferecer aos avós paternos e maternos.

Claro que a Laura adora ver fotos e perde-se no meio dos álbuns. Gosta de os ver connosco ao lado, pede-nos para dizer quem são as pessoas - como se não o soubesse! -, lembra-se dos eventos/acontecimentos, tece comentários a esta ou àquela fotografia em especial, ri-se às gargalhadas quando vê os priminhos Diogo e Mariana e os amiguinhos, enfim, exterioriza toda uma série de reacções positivas perante estas imagens que vou tendo a paciência de seleccionar e mandar revelar.

Gasto muito dinheiro nisto? Gasto! Perco muito tempo na organização dos ficheiros, nas gravações para DVD, no visionamento, na selecção...? Perco! Começo a ter problemas de espaço no que respeita aos álbuns já organizados? Começo! Se vale a pena tudo isto? Claro que vale a pena! A alegria dela ao rever-se, as conversas que surgem em torno das fotos, o recordar dos eventos/acontecimentos, a emoção de recordar os primeiros tempos, o sentir o quanto a nossa vida é preenchida, colorida e divertida... Vale tanto a pena!!

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Ontem de manhã houve birra por causa da lavagem dos dentes - volta e meia acontece.

À tarde, de regresso a casa, deu-se o seguinte diálogo, tendo como meio de contacto visual o retrovisor:

Eu (curiosa) - O que fizeste hoje na escolinha? Portaste-te bem?

Ela (efusiva e alegre) - Sim, mamã, brinquei muito com os amigos e fui ao parque.

Eu (triste, em tom de lamento) - Hoje de manhã portaste-te tão mal...

Ela (depois de uma pausa e em tom de concordância) - Realmente... (pausa, olhando para baixo) Realmente portei-me mal, desculpa mamã.

Consciência do que fez/arrependimento ou noção perfeita do que precisa dizer para amolecer o coraçãozinho da mamã? Palpites aguardam-se!

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