... é coisa que se deixou de fazer por aqui ao fim-de-semana simplesmente porque a menina deixou de querer dormir à tarde e nós achámos que a idade já começa a ser propícia a isso. Acha-se crescida, diz que não precisa e não temos insistido, mas os factos falam por si. Depois de um dia sem sesta, a Laura fica possuída, irritadiça, teimosa, chorosa e muito alterada. Falando bem e depressa, a bela vira monstro! Assim, está decidido - a partir do próximo fim-de-semana voltamos à sesta, isto se não houver nenhuma saída programada. Não vai ser fácil "dobrá-la", mas mais difícil é aturá-la ao fim do dia, depois de ter acordado às 7.30h da matina e não ter parado um minuto! Chega!
Ah... o aniversário da amiguinha da escola correu muito bem, aguentou-se perfeitamente sem nós das 15h às 19h e ainda queria ficar mais tempo na festa. Adorou estar com os amigos da escola fora da escola e achou muita graça ao facto da festa ter sido num hotel e não na casa da aniversariante. Chique, chique!
:o)
... recebeu o primeiro convite para uma festa de aniversário de uma amiguinha da escola. Vai ser no sábado. Acho que não vai dormir até lá, tal a excitação...
:o)
... quem teve a brilhante ideia de começar a dobrar as meias como nós fazemos normalmente, uma enroladinha na outra e tal e coiso? É que dá um jeito do caraças!
:o)
... pela evolução da Laura na natação, depois da primeira aula a que assisti, há cerca de mês e meio. Sem apoio da professora, com muita genica e agilidade, a fazer as coisas depressa, bem e com elegância, qual sereia encantada. Muito bem, meu amor!
:o)
... a angústia de constatar que a Laura está exposta a todo o tipo de influências, boas e más, e que nós pouco ou nada podemos fazer quanto a isso. Ai...
:o)
Desde hoje que "recuperámos" a nossa sala - a Laura tem, agora, o seu quarto de brinquedos/brincadeira. Era o chamado "quarto de visitas", mas não se justificava ter uma divisão para este efeito quando a garota, tendo o quarto dela no 1º andar, acabava por ocupar a nossa sala com os seus brinquedos e brincadeiras. Tirámos a cama, transferimos para lá tudo quanto lhe pertence e... voilá! Está encantada. Sente-se orgulhosa e crescida por ter uma sala de brincadeira só para ela. Agora vamos transformar a divisão num miminho, comprando módulos que permitam a arrumação/organização de tudo o que sejam jogos, livros, legos, bonecas, etc e tal.
Esta decisão foi bastante ponderada. Não queria que ela sentisse que a estávamos a afastar de nós e da sala. Sempre partilhámos o mesmo espaço, ela com as suas brincadeiras e nós com a televisão ou o portátil. Muitas vezes as brincadeiras acabavam por ser a dois ou a três, conforme os casos. Por outro lado, desde tenra idade que está habituada a brincar sozinha e a estar na sala sem mais ninguém. Nunca foi uma criança dependente da presença do adulto e sempre me permitiu realizar os meus afazeres sem que me obrigasse à sua presença - abençoada! Vamos ver...
Entretanto, foram reforçadas duas regras importantes:
. tem de arrumar os brinquedos depois de brincar, como já fazia antes. A sala deve estar sempre arrumada quando ela não está lá...
. pode trazer os brinquedos para a sala ou o resto da casa, mas quando acabar de brincar os brinquedos devem regressar à sua sala e devem ser arrumados.
Para já, passou a tarde por lá, encantada e vaidosa. E já começámos a ganhar - praticamente não viu televisão o dia inteiro!
:o)
Pergunta:
- Por que razão as crianças, até certa idade, colocam a língua de fora quando estão concentradas em alguma tarefa mais ou menos complicada como seja desenhar, pintar, brincar com plasticina, manusear determinados objetos com alguma perícia, etc e tal? Teorias precisam-se!
:o)
... diga o que disser, nunca vou regatear mimos à Laura. Muitos abraços e beijinhos e "Adoro-te muito" e "Amo-te" e "Estás no meu coração"... Muitos "meu docinho" e "fofinha"... Faço questão que ela se sinta acarinhada e amada. Tal não invalida que a repreenda ou castigue quando necessário, a disciplina existe e não é descurada, mas manifestações de carinho, sempre! É que sou apologista de uma frase que acabei por transformar em filosofia a partir do momento em que me soube grávida. "Ensina-se as crianças a amar... amando-as". O Sr Goethe sabia o que dizia...
:o)
Não chegámos a vê-lo no cinema e ontem comprámos o DVD para a Laura. Hoje não resisti - esqueci a resma de roupa que tinha para passar a ferro e sentei-me com ela a ver o filme. Que maravilha! Fiquei positivamente deslumbrada e encantada. Ela também. Emocionámo-nos nos mesmos momentos, olhámos uma para a outra nos momentos do "quase" beijo e do "quase" abraço, enfim... Pura magia! Dificilmente a Disney poderá ser ultrapassada neste segmento do mercado cinematográfico. Como ninguem conseguem cativar pequenos e graúdos. Impossível resistir...
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
─ Partimos. Vamos. Somos.
Provavelmente não tem nada a ver, mas pronto. Apeteceu-me deixar as palavras aqui...
Ah... já agora, não troquem tempo útil com os vossos filhos por outros afazeres. Estes momentos de partilha têm um valor incalculável...
:o)