Já sabemos que as crianças estão expostas a todo o tipo de publicidade/gingles radiofónicos/DVD´s musicais e outras coisas que tais. Facto. Sabemos igualmente que os profissionais dessa área trabalham com técnicas que nos levam a memorizar facilmente aquilo que interessa. Facto. Da mesma maneira sabemos que a memória das crianças é prodigiosa. Facto. Serve este preâmbulo para dar a conhecer algumas aprendizagens da Laura que estão diretamente relacionados com o exposto anteriormente.
Foi com esta música, adaptada num anúncio radiofónico, que ela aprendeu os dias da semana que diz seguidos e sem hesitações.
Não que tenha de dar alguma satisfação, mas apetece-me explicar a minha escassez de post´s. Para além do cansaço e da preguiça, acresce a tudo um facto incontornável - a Laura cresceu e apesar de haver sempre peripécias e situações dignas de registo, está longe de ser o bebé para quem este espaço foi criado. Ela continua a crescer, a aprender connosco e a ensinar-nos todos os dias, é um facto. Se me dedicasse ao blog, não me faltariam situações para relatar, como devem imaginar... Como hoje, que foi bisbilhotar um saco de compras e entre dois pares de colans e umas leggings para ela descobriu um soutien que vestiu sozinha por cima da roupa, tendo-nos surgido nesses preparos e dito - Boa, mamã, compraste-me um soutien! De morrer a rir! Basicamente, a culpa é mesmo da preguiça. E do cansaço. Mea culpa.
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Só para dizer que, no sábado, fiz... queques de chocolate! Isto não seria notícia se não fosse esta a minha primeira tentativa - ever! - de fazer algo que remotamente se assemelha a uma sobremesa/doce. Eu, a rainha da mousse de chocolate instantânea - a única coisa que a minha aversão aos doces tolera - fez queques de chocolate. Porquê? Porque vinha uma receita super simples e rápida na embalagem da dita mousse de chocolate. Fiz e não me saí mal. O gosto estava bom, o aspeto sofrível - houve ali alguma coisa que não os fez crescer como seria desejável, mas aposto que as imagens que ilustram as receitas raramente correspondem ao produto final...
Há que explicar que estou longe de ser uma fada do lar. Faço as coisas porque tenho de as fazer e cumpro aquilo que é suposto numa mãe de família e dona de casa, mas sem grande gosto pelas tarefas, diga-se. Como cá em casa não somos gulosos, sobremesas e doces são coisas "que não me assistem", como diz o outro, nem a saborear, nem a fazer, daí a "grandeza" deste feito. Fiz queques de chocolate, já tinha escrito?
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Pela primeira vez deixámos a Laura com os meus pais durante o fim de semana. Pela primeira vez, desde que ela nasceu, os papás dedicaram-se exclusivamente um ao outro durante dois dias. Pela primeira vez.
A questão do deixar a Laura com... nunca se colocou antes principalmente por uma razão - sempre fizemos questão de a integrar nos nossos passeios, em família ou com amigos, nas nossas jantaradas, nas nossas saídas diurnas e/ou noturnas, nas festas, nas patuscadas, em tudo. É nossa filha, faz parte da nossa vida, queremos que se sinta como fazendo parte de tudo. Os meus pais vivem mesmo aqui ao lado e sempre se disponibilizaram para o que fosse preciso, mas nunca o quissemos fazer antes. Desta feita, decidimos que era chegada a altura de uma primeira experiência do género. Ela portou-se lindamente, nós fizemos por nor portar ligeiramente mal. A ocasião assim o exigiu... 12 anos de casados, comemorados hoje, dia de São Martinho. Ficámos por perto - Peniche, Baleal, Alcobaça e Nazaré, onde pernoitámos e nos deparámos, hoje de manhã, com a mini-maratona internacional lá do burgo. Giro, giro.
Quanto ao resto... Não, não nos sentimos como se nos faltasse uma parte. Não canalizámos todas as conversas para ela. Telefonámos as vezes que achámos necessárias, mas sem exageros. Constatámos que sim, ainda existe o "nós" sem ela, ainda somos dois, antes de sermos três. Saudades? Imensas, mas sabê-la bem, sabê-la bem cuidada e rodeada do mesmo amor que recebe de nós foi suficiente para nos serenar.
É uma experiência a repetir, sem dúvida, mas continuamos a acreditar que os filhos são dos pais, não dos avós, nós temos a obrigação de os incluir naquilo que for acontecendo, por mais jeito que dê deixá-los ao cuidado de terceiros.
Opiniões precisam-se a respeito, s.f.f.
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