... é ver a minha Laura pequenina com a minha Laura grande - bisavó de 88 anos. Observar a forma como as duas interagem é das coisas mais comoventes e fantásticas que tenho tido oportunidade de testemunhar. A minha bisavó mora mesmo aqui ao lado, com os meus pais, e o contacto entre ambas é diário. A minha filhota trata-a carinhosamente por Avó Bisa, mas reconhece-a igualmente pelo nome, que sabe ser o mesmo que o seu. A Bisa Laura é, muitas vezes, a companheira das brincadeiras, uma vez que é a pessoa que está mais disponível para ela lá em casa.
Adoro vê-las a ler um livro ou a brincar com os bebés ao faz de conta. E quando a Laura pega na mão da Bisa para a levar para aqui ou ali? E quando lhe diz Senta aqui , fazendo o gesto com a mãozinha para se sentar no chão ou nos degraus das escadas? E a Bisa, coitada, a dizer que não pode! Do que ela tem mais pena é de não ter força física para pegar nos bisnetos - agora tem 3 mesmo ao lado! - e fazer com eles aquelas coisas todas para que a solicitam.
Para os mais pequeninos, os avós e bisavós são referências e sinónimo de aconchego e conforto. Para os mais velhos as crianças são a alegria reencontrada, depois dos filhos criados e de uma vida intensa, mas que parece ter estagnado e já nada ter para oferecer. Para a minha bisavó Laura, estes foram os três melhores presentes que podia receber em final de vida. Quando olha a minha Laura toda ela sorri e a forma como os seus olhos brilham não enganam - a alegria de poder partilhar com ela os últimos anos da sua vida é inquestionável.
Só desejo que a minha avó esteja por cá ainda alguns anos, pelo menos os suficientes para a Laura poder ficar com recordações dela, daquela de quem herdou o nome e com quem brinca muitoooooo!
:o)))))
CORRECÇÂO - AGORA É QUE REPAREI QUE DISSE, POR DUAS VEZES, QUE SE TRATAVA DA MINHA BISAVÓ. CLARO QUE SE TRATA DA MINHA AVÓ MATERNA, BISAVÓ DA LAURA. PEÇO DESCULPAS PELO LAPSO - se é que alguém reparou nele...