Como dei conta no último post, estivemos de férias na santa terrinha. Correu bem. A Laura encantou todos e esteve à altura da ocasião, que teve algo de solene, diga-se. Foi a sua primeira aparição social em grande. Muitas caras e vozes, muita agitação e confusão em alguns momentos. Algumas vezes dei pela minha filha em busca de uma referência, o rosto da mãe, a voz do pai... precisava de saber que estava entre gente amiga.
Claro que apanhou alguns vícios, como seria de esperar. Até então nunca precisámos de a embalar para adormecer. Agora... Se está na alcofa com o carrinho, é necessário simular um breve passeio para adormecer. Para a frente e para trás...para trás e para a frente... Se está mesmo a adormecer, é manter o carrinho no sítio e mexer apenas ligeiramente. Ah... e não gosta de lá estar se está com o olho aberto. Pois claro, há muita coisa a passar-se cá fora para estar metida no buraco! De resto, continua a ser uma princesa...
Na santa terrinha usam uma expressão, no mínimo, peculiar. Cada pessoa que encontrámos fazia invariavelmente a mesma pergunta relativamente à Laura... - É mansinha?! Raios, a minha filha lá é boi para ser mansinha?! Inicialmente aquilo fez-me uma confusão tremenda. Lá respondia com um sorriso forçado, - Sim, é calminha, enfatizando o calminha propositadamente. Aquela pergunta esteve sempre presente, diariamente, a consumir-me as entranhas de desagrado, mas que fazer... Compreendi que estas coisas dos regionalismos são mesmo assim, nada a fazer. As expressões enraizam-se e pronto, saem espontaneamente perante a estranheza dos outsiders. Eles é que estão certos... Seja como for, aconteceu. Admito. Certo dia, alguém me perguntou: - Porta-se bem a tua princesa? Resposta (nem acredito que respondi assim...mas respondi...) - Sim, é mansinha... (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr)
:o))))))))))))